segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Review - The Empty Hearse (Sherlock)

  Enfim após dois (longos) anos a melhor adaptação de Sherlock Holmes já de volta. Dois se passaram desde o final surpreendente da temporada anterior, no episódio "The Reichenbach Falls". E a grande dúvida deixa pelo senhor Steven Moffat, como Sherlock Holmes sobreviveu a queda. Dois anos de teorias bombando na internet, e a cada nova notícia ou declaração deixando os fãs mais ansiosos para o inicio da nova temporada. 



  Escrito pelo co-criador da série, Mark Gatiss (que na série vive o irmão do detetive, Mycroft).Logo nos primeiros segundos, já foi mostrando que foi o usado o corpo de Moriarty com uma máscara do Sherlock. No primeiro momento já estava berrando (mentalmente) GATISSSSSS e MOFFATTTT. Depois desse começo, que no final descobrimos que não passa de mais uma teoria, para mim que achava que era real, já tinha ganhando o episódio, mas leigo engano.

  O título do episódio faz alusão ao conto “The Adventure of the Empty House” (ou como traduziram aqui no Brasil: “A Casa Vazia”). A história desse conto, após cair para ‘morte’ nas cataratas de Reichenbach, Sherlock Holmes volta para Londres, e revela a Watson o motivo. Assim como no conto, na série, Sherlock simulou a sua morte para poder acabar com a rede criminosa do Moriarty. E assim como o mundo real, no mundo da série também se passou 2 anos desde o suposto suicídio do detetive. E nesses dois anos, a vida de todos que conviviam com Holmes seguiram em frente: Molly arrumou um namorado e John Watson esta prestes a ser tornar noivo.  E após o ‘exílio’, Holmes volta a Londres, a pedido de seu irmão, para investigar uma grande conspiração que colocará Londres em perigo.

  E então em Londres, Holmes quer encontrar o seu antigo parceiro, John Watson. E claro, que Watson reage com extrema violência ao descobrir que o seu melhor amigo fingiu sua morte. A cena conseguiu mostrar o lado dramática e um alivio cômico.
 
  O interessante que nesses dois anos parece que Holmes deixou de ser um "robô" sem sentimentos, e aos poucos vai soltando a sua humanidade,e somos até apresentados ao papai Holmes e a mamãe Holmes que são totalmentes diferentes do que imaginávamos.  E o casal que interpreta eles se chamam Timothy Carlton e Wanda Ventham e são pais (na vida real) de Benedict Cumberbatch.

  Não precisa citar a ótima atuação de Benedict Cumberbatch. Depois de 4 anos desde a estreia da primeira temporada de Sherlock, somada pela sua passagem (também elogiada) nos cinemas, é possível notar a sua grande evolução. E o que foi a cena em que Holmes se fantasia no restaurante de garçom? Cumberbatch mostra o perfeito domínio no sotaque, trejeitos físicos, tudo realmente muito engraçado. Assim como é possível ver a evolução de Cumberbatch, a de Martin Freeman é muito visível, com interpretações faciais fantástica.

  Mas nem tudo são flores, eu particularmente achei o ‘caso da semana’ meio fraco. Não to dizendo que o episódio foi ruim, que não foi, mas o ‘caso da semana’ foi meio deixado de lado, para se centralizar de como Watson reagiria com a volta de Holmes (esse sim o episódio certou perfeitamente).

  Enfim, a cada vez que vejo e revejo a série num todo, noto que “Sherlock” eleva o nível de séries na televisão. É um filme feito para TV, mas com qualidade de cinema. “Sherlock” tem tudo para durar muitas temporadas e se continuar assim, o seu futuro vai ser brilhante, e se a dupla Cumberbatch e Freeman continuar evoluindo na questão de atuações pode (sem medo de falar) se tornar uma série exemplar, e de longe se tornar a melhor adaptação de Sherlock Holmes fora dos livros. É algo que Sir Arthur Conan Doyle teria um mega orgulho de ver o que Moffat e Gatiss estão tratado com sua obra. E #SherlockLives

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