terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Review - 3x03. His Last Vow (Sherlock)

  Enfim, só para variar uma season finale de deixar as bocas abertas, as mentes trabalhando pensando como será o retorno da próxima temporada e com a vontade que começa logo a próxima temporada.


  O título do episódio é baseado no título do conto “His Last Bow” (O Último Adeus de Sherlock Holmes, como ficou traduzido aqui no Brasil), mas o episódio não tem nada a ver nesse conto. O conto mostra o que seria a aposentadoria de Holmes, criando abelhas. Mas boa parte do episódio é baseada no conto “The Adventure of Charles Augustus Milverton” , na qual Holmes enfrenta Charles Augustus Milverton, um dos homens mais perigoso de Londres e chantagista.

  Enfim, após uma temporada inteira (2 episódios) ouvindo o seu nome, finalmente aparece Charles Augustus Magnussen, um dos homens mais poderosos do Reino Unido (e porque não dizer do mundo ocidental). Mas da onde vem esse poder? Vem do seu conhecimento, e com isso Magnussen usa para chantagear as pessoas, e já demonstra o seu poder logo nos primeiros minutos, e o que ele pode fazer com tamanho poder.

  John Watson tá casado com Mary há um mês, e há um mês que não ver ou vive aventuras com Sherlock, e pode notar que Watson não está a vontade nessa vida parada.

   Mesmo contra o seu irmão, Mycroft, Sherlock assume o ‘caso Magnussen’, e Mycroft avisa do perigo em que Sherlock tá se metendo, e logo vemos o tal perigo, com a visita de Magnussen a rua Baker 221B.


O roteiro genial de Steven Moffat acerta em cheio, trazendo um vilão muito superior do que Moriarty, e que assusta bem mais. Moriarty é um vilão que é imprevisível, nunca sabemos do que ele é (ou era) capaz de fazer e até onde ia. E Magnussen é assustador por ser frio, não demonstrar as suas intenções, eu comparei muito o comportamento dele com o Dr. Hannibal Lecter, não dos filmes mas sim da série.

  A Mary enfim se revelou. Desde que entrou em cena havia algo nela que ainda não tinha se revelado, que é revelado nesse episódio, mas de uma maneira ‘Moffat’ de revelações.

  Mas qual importância de Magnussen? Sherlock acreditava que Magnussen tinha um grade arquivo em sua casa com informações comprometedoras de pessoas importantes. Para poder ter acesso das informações, Sherlock resolver trocar o notebook de Mycroft (já que segundo o próprio Holmes, o irmão ‘é o governo britânico’),para ter acesso a essas informações, para ser mais exato as informações secretas de Mary. Só que não existe, tais arquivos, está tudo no palácio mental de Magnussen.

  Lars Mikkelsen simplesmente foi genial como o vilão, mesmo só aparecendo, de fato, em um episódio. Gostaria de ver combates dele com Sherlock. E por falar em atuações, é impossível deixar de elogiar as atuações e as evolução da dupla principal da série: Benedict Cumberbatch e Martin Freeman. E claro, a introdução do novo ‘ajudante’ do Sherlock, interpretado por Tom Brook (será que iremos ver ele na 4° temporada? Eu espero que sim).

  A palavra que pode definir essa temporada de Sherlock é RELAÇÃO. Temos a relação de Watson com Mary; Watson com Sherlock, e Sherlock com Mycroft. E falando em Mycroft, foi uma jogada genial do Moffat de colocar a versão jovem de Sherlock no episódio, interpretado pelo o filho de Moffat. Mas olha que interessante: a versão jovem de Sherlock só é vista pelo Mycroft,
ou seja, isso mostra a maneira que Mycroft vê o irmão, e isso é mostrando ao longo da temporada, a maneira que ele trata Sherlock. Simplesmente genial.

  É impossível não lembrar do final de Casablanca no momento final da temporada. Apesar daquela lagrima solitária devido a despedida de Sherlock e Watson. É possível ver só com olhares o sentimento que eles estão sentindo no momento, mesmo não descrevem com palavras.

  Sem sombra de dúvidas, a temporada fechou com chave de ouro, atuações, direção, enfim tudo, irretocáveis. Nem parece ser uma produção para TV, digo, nem parece que é uma série, mas sim filme, a temporada parece uma trilogia, com filme de 1 hora e meia. E nessa temporada, em especial, realmente parece uma trilogia: The Empty Hearse, nos mostra a situação, apresentando (ou reapresentando) os personagens; The Sign of Three, seria o filme do meio, fechando algumas coisas que se abriram no filme anterior e mostrando o grande gancho para ser resolvido na conclusão; e por fim His Last Vow é a conclusão de tudo o que foi construído.

  Algo que foi focado nesse episódio foi a respeito do “Palácio Mental”, tanto de Sherlock como o de Magnussem. O “Palácio Mental” foi algo que nos foi apresentados na 2° temporada, no episódio The Hounds of Baskerville e não tinha sido muito explorada desde então. E realmente, devo ‘tirar o chapéu’ a respeito da maneira que trataram cada um, e adoraria ver como foram feitas essas cenas (principalmente no do Palácio de Sherlock).  

  Após os créditos, temos uma ceninha. Do nada todas as televisões da Inglaterra, sintonizaram o mesmo ‘canal’, onde soava um “Did you miss me?” (traduzindo: Você sentiu a minha falta?), e mostrando o rosto de Moriarty na tela. E aparece mil e uma dúvidas: Moriarty tá vivo? Mas ele não se deu um tiro na cabeça? Como voltou? Será que é alguém usando a imagem dele?




  Como sabemos que a 4° (e a 5°) temporada está confirmada, o que sobra para nós é esperar e rezar que não saia daqui a dois anos. 

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