“Raggedy man... good night”
Enfim chegou a
hora de dar adeus a 11° encarnação do Doctor, e ao seu interprete Matt Smith.
Uma das coisas mais certas ao acompanhar Doctor Who é saber que um dia o
interprete do Doctor uma hora vai mudar. Depois da regeneração de David
Tennant, essa foi a mais emocionante. Quando Matt Smith começou como Doctor, eu
fiquei um pouco com nariz torcido, afinal David Tennant é o meu Doctor favorito. Mas no decorrer das temporas, Smith teve uma grande evolução,
principalmente no discurso no episódio The Rings of Akhate, onde eu não só via
o 11° Doctor, mas o próprio Doctor.
Mas enfim chegou
o “The Time of The Doctor”, onde o roteirista e showrunner Steven Moffat
(Moffaaaaatttttt) tentou de uma certa maneira costurar e amarrar todas as
linhas soltas que vinha tecendo desde a entrada do 11° Doctor em 2010.
Em 60 minutos,
tinha muita coisa para ser explicada e amarrada, um dos principais defeitos foi
isso: muita coisa para pouco tempo. O episódio deixa claro, já nos seus
primeiros minutos que se passa após “The Day of the Doctor”. Logo no
começo,encontramos o Doctor e va´rios naves orbitando um planeta que estava
transmitido uma mensagem que ninguém consiga traduzir, nem mesmo a TARDIS. Mas
a cabeça de Cyberman que estava ajudando o Doctor – o Handles – identifica o
planeta como Gallifrey. Junto com a Clara, embarcam na nave Papal Mainframa, da
“The Church” ou pelo nome completo “The Church of the Silence”. Sim, a raça que
chamávamos de Silence seriam apenas os padres,e na verdade o Silence é a
religião que é responsável pela segurança interestelar (estilo cavaleiros
Jedi?). Nela a ‘madre superior’ Tasha Lem, que deixa claro que conhece o Doctor
há muito tempo, os envia a Trenzalore.
Depois de ter sido
apresentado lá na 6° temporada, estamos em Trenzalore, para ser mais exato na
cidade de Christmas (ou Natal, e não não é capital do Rio Grande do Norte), e
logo que chegamos lá, o Doctor se lembra daquela ‘profecia’: “Nos campos de Trenzalore, na queda do décimo
primeiro, onde nenhuma criatura viva poderá falar em falso, ou mentir, uma
pergunta que nunca, nunca deve ser respondida. A primeira pergunta, a pergunta
mais antiga do universo, que nunca deve ser respondida. Escondida e a vista de
todos. Doctor Who?”
Nessa cidade, ela
é protegida por um campo de força de verdade.Como assim? Ninguém naquele lugar
poderia falar mentira, ou seja : “(...)onde nenhuma alma viva poderá mentir
(...)”. Nessa cidade,o Doctor descobre que a rachadura do universo (lá da 5°
temporada, se lembram?) que ele achou que tinha fechado, acabou gerando algumas
cicatrizes, e seriam nessas cicatrizes que os times lords estão tentando se
comunicar com o Doctor para os libertarem.
E então inicia a
queda do décimo primeiro, “(...)na queda
do décimo primeiro (...)”, já que ele se torna o protetor oficial da cidade,
a ponto de mandar a Clara de volta para Londres, para lhe proteger. E Clara,
não querendo deixar o seu amigo sozinho consegue voltar, apesar de voltar 300
anos depois, e encontra um Doctor bem envelhecido. Onde ele assume para Clara
que ele é a última encarnação, explicando a numeração. O ‘War Doctor’ seria a
9°, a 9° seria a 10°, Tennant seria a 11° e a 12° (ele se ‘regenera’ no
episódio ‘The Stolen Earth’ na 4° temporada), e o Smith seria a 13°, ou seja, a
última.
Mas como criar
uma nova? Moffat usou a maneira mais fácil e única para criar uma nova
regeneração. Através de um pedido e de demonstração de carinho e amor da Clara,
os times lords dão para o Doctor mais um novo ciclo de regenerações, ou seja,
tá zerado. O novo Doctor seria o primeiro do novo ciclo de 13. E mais uma vez a
Clara demonstra que ela tem um papel importante para o Doctor.Realmente como
ela fala em “The Name of the Doctor”, ela nasceu para salvar o Doctor. A cena
que ela pede para que os time lords salvarem o Doctor, ela demonstra um amor
incondicional ao Doctor, que na minha opinião é bem maior que a Rose já teve ao
Doctor.
Após a destruição dos inimigos com o excesso de energia
da regeneração, partimos para a emocionante
despedida do 11° Doctor e de Matt
Smith, e que todos os whovians (isso me inclui também) já com os olhos cheios
de lagrimas, e vendo que o episódio tá chegando no final, e como ele o 11°
Doctor. Num dos diálogos mais emocionantes da série, Matt dá adeus a série.
(Para quem não viu,tem um vídeo onde mostra a leitura do roteiro e nessa hora,
o Matt chora e o Moffat como paizão dele, vem ao abraçar. Para ver clique aqui)
“Mas o tempo muda e
eu também devo. (...) Todos nós mudamos quando você pensa nisso. Nós somos
pessoas diferente durante nossa vida. E isto é ok, isto é bom, você tem que
continuar se movendo desde que lembre todas as pessoas que você costumava ser.
Eu não esquecerei uma linha disso.Nem um dia. Eu juro. Eu sempre lembrarei de
quando o Doctor era eu.”
Mesmo como tudo
isso, os fãs quase se água nos seus corpos devido as lágrimas, eis que Moffat
aponta mais uma. Além de colocar no fundo a música ‘Wake Up’ do episódio ‘The
Rings of Akhaten’ da 7° temporada. Chega o primeiro rosto que o rosto do 11°
viu: Amelia Pond, para se despedir.
“Raggedy man...
good night”
E quando o Doctor
tira a sua tão amada bowtie que cai no chão. Seria cômico se tivesse um fez em
cena. E o que foi a despedida do 11° com a Clara, digo de Matt e Jenna. Foi
mais na troca de olhares do que algo a ser dito. Me pego pensando na gravação
dessa cena, como que os dois ficaram ou pós-gravação. Mas assim que tira a
bowtie o 11° se regenera e acaba a ‘Era Smith’ em Doctor Who.
E vem Peter
Capaldi. Eu particularmente acho que ele vai dar um ótimo Doctor. Talvez agora
a ‘série nova’ esteja querendo voltar para o que era a ‘série clássica’. Agora só
podemos esperar chegar o outono britânico de 2014 para ver a nova temporada,
que vai começar as filmagens agora em janeiro de 2014.





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